terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Mais eficiência e menos custos

Tecnologia amplia recursos de pequenas empresas. Veja por onde começar a usar a computação em nuvem.


De acordo com a consultoria Internacional Data Corporation (IDC), em 2011, o cloud computing (computação em nuvem) ajudou organizações de todos os tamanhos, no mundo todo, a economizar US$ 400 bilhões. A tecnologia está alterando os modelos de negócio e esta tendência em particular traz implicações significativas aos empreendedores, pois amplia os recursos tecnológicos acessíveis a pequenas empresas. Escala, estabilidade dos serviços e redução de custos com manutenção estão entre as principais vantagens.
O conceito de cloud computing
A tecnologia conhecida como “nuvem” disponibiliza as mais variadas aplicações por meio da internet, em qualquer lugar e independente da plataforma utilizada, sem a necessidade de instalação em computadores e outros dispositivos. A maioria dos leitores provavelmente já utilizou aplicações na nuvem ao assistir vídeos no Youtube e acessar e-mails no Gmail, Hotmail, entre outros. O conceito de nuvem reflete a alocação dispersa de recursos e a utilização de tecnologia como serviço, pois só se paga pelo que se usa.
Aplicações possíveis
Os empreendedores podem utilizar cloud computing para aplicações tecnológicas como e-mails, armazenamento e back-up de dados e Gestão de Relacionamento com o Cliente (CRM), com ganhos emescalabilidade e elasticidade, agilidade na implementação e gerenciamento de projetos, além de economia em infraestrutura. O acesso a sofisticados Sistemas Integrados de Gestão Empresarial (ERP) possibilita integração de dados e processos, aumentando a produtividade e competitividade do negócio.
Por onde começar?
Antes de contratar um provedor de cloud computing, é importante entender o conceito de computação em nuvem e suas aplicações no negócio, conhecer o provedor e suas certificações, e analisar o contrato para garantir a privacidade e segurança dos dados, além da disponibilidade do serviço contratado. A adoção de cloud computing pode começar por sistemas e aplicações específicos até atingir as áreas estratégicas do negócio.
Ao adotar a computação em nuvem, os custos do negócio passam do CAPEX para OPEX, ou seja, de gasto com investimentos para gasto com operação. O investimento em infraestrutura de TI é reduzido drasticamente, pois não há a necessidade de compra de servidores, softwares e licenças, aumentando o capital disponível para as áreas estratégicas do negócio. O custo com TI passa a ser periódico, de acordo com os serviços utilizados e os empreendedores podem ampliar seus contratos em períodos de alta demanda e depois retornar aos níveis de utilização média, sem aumento de custos fixos.
Para empresas de menor porte, independente do ramo de atividade, a adoção de cloud computing incrementa a segurança da informação. Devido à baixa escala e orçamento limitado desses empreendimentos, a segurança de seus servidores é inferior a de grandes fornecedores de tecnologia. Além disso, os serviços contratados normalmente são acompanhados por atualizações periódicas de novas versões do software, o que diminui os investimentos em manutenção. Mas é preciso também evitar os riscos de uma migração mal feita e estar atento para os novos desafios de segurança. Vale conversar antes com quem já viveu a experiência da migração para a nuvem e, como em uma compra convencional, avaliar as ofertas disponíveis.
 
Antonio Gil é graduado em Engenharia de Produção pelo ITA, Presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), ligado à Presidência da República.

Fonte: http://www.endeavor.org.br/endeavor_mag/operacoes/tecnologia-cloud-computing/mais-eficiencia-e-menos-custos?utm_source=Akna&utm_medium=Disparo&utm_term=26.02.2012&utm_content=Conteudo&utm_campaign=Conteudo_26.02.2012

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Busca inspiração? Veja 10 filmes que todo empreendedor deveria assistir

Além dos filmes que mostram a criação de grandes empresas, outros também ensinam grandes lições para os negócios. Veja quais são eles.

Inspiração pode ser a chave para um negócio de sucesso e, muitas vezes, ela vem através de uma boa história. Não é à toa que o cinema se utiliza de muitas dessas histórias para cativar sua plateia. 
“Alguns filmes passam lições importantes para empreendedores e acabam ensinando mais que em uma sala de aula, por serem lúdicos e acessíveis”, disse o coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper, Marcelo Nakagawa.
Além dos filmes que narram o surgimento de grandes empresas, como Facebook, Apple e Microsoft, outros filmes não tão clássicos sobre o assunto podem revelar valiosas lições, como O Poderoso Chefão, que mostra como as negociações são essenciais para um negócio.
O Portal InfoMoney perguntou a Nakagawa e ao Samy Dana, professor da escola de Economia da FGV (Fundação Getúlio Vargas), quais são os filmes que todo empreendedor deveria assistir. Você sabe quais são eles? Confira abaixo:


1. A Rede Social (2010)
A história narra como o ainda estudante Mark Zuckerberg criou o Facebook e, após seis anos, se tornou o mais jovem bilionário da história com o sucesso da rede social Facebook.

O sucesso, no entanto, o leva a complicações em sua vida social e profissional.
Além de mostrar todas as etapas de uma ideia, criação e amadurecimento de uma empresa, Nakagawa ressalta que o filme chama a atenção sobre as dificuldades pessoais que um empreendedor pode enfrentar após abrir seu negócio. “O processo caótico de criar uma empresa do zero pode afetar a vida pessoal do empreendedor, que muitas vezes, acaba se distanciando da família e desfazendo vínculos de amizade”, diz o professor.
Já Dana, professor da FGV, diz que o filme também mostra os desafios e os dilemas que o empreendedor pode passar. “Além da pessoal, Zuckerberg passa por problemas judiciais”, lembra.



 
2. Piratas da Informática (1999)


O filme, também baseado em história real, mostra a competição em busca da liderança do mercado de tecnologia entre Steve Jobs, fundador da Apple, e Bill Gates, criador da Microsoft e Windows, que se enfrentam em uma guerra de bastidores, nem sempre honesta.

“O filme mostra a briga entre dois empresários brilhantes em busca da liderança. A questão da autoria de ideias e a competição acirrada vão além das telas do cinema. Saber lidar com a concorrência nem sempre ‘justa’ faz parte do cotidiano do empresário”, disse o professor do Insper.



  



3. O Aviador (2004)
Howard Hughes ficou milionário já aos 18 anos, devido à herança de seu pai. Pouco depois ele se mudou para Los Angeles, onde passou a investir na indústria do cinema, pela qual dirigiu grandes filmes. Paralelamente Hughes se dedicou a uma de suas maiores paixões, a aviação.
“É um filme que narra a obsessão da criação de um negócio. Hughes é o tipo de empreendedor que consegue investir em muitas ideias ao mesmo tempo e se torna obsessiva com elas”, pontua Nakagawa. “O filme mostra o quão perigoso é ser obcecado pelo negócio e como isso pode interferir na sua vida pessoal”.



4. À procura da felicidade (2005)
Chris Gardner (Will Smith) é um pai solteiro que enfrenta sérios problemas financeiros.


Após uma tentativa falha de ser vendedor, Chris consegue uma vaga de estagiário numa importante corretora de ações, mas não recebe salário pelos serviços prestados. Ele e seu filho, de cinco anos, passam a dormir em abrigos, estações de trem, banheiros e onde quer que consigam um refúgio à noite, mantendo a esperança de que dias melhores virão.
“Muitas dificuldades virão para aqueles que abrem uma empresa do zero. O importante é continuar tentando, se você acredita nesta ideia”, analisa Dana.


 




5. Tucker - O Homem e o Seu Sonho (1988)

A história é baseada na vida de um inovador projetista de carros chamado Preston Thomas Tucker. O visionário americano abriu a portas de uma montadora na década de 40 e despertou a atenção dos gigantes industriais, seus principais concorrentes, que decidiram aniquilá-lo.
Para o professor do Insper, esse filme é um exemplo de como a concorrência pode ser desleal com os novos negócios. “A concorrência está de olho em sua empresa e ela não medirá esforços para destruí-la”, alerta Nakagawa.




 6. O Poderoso Chefão (1972)
Apesar da violência, o filme levanta questões de poder, lealdade e de laços familiares. Na opinião de Samy Dana, professor a escola de economia da FGV, o filme mostra as complexidades das organizações e as dificuldades políticas que um empreendedor enfrenta. “Alegoricamente, o filme aborda diversas questões fiscais e de negociações que são importantes para o conhecimento do empreendedor. Nunca será do jeito mais fácil, negociação é tudo”, comenta Dana.






7. Homens de Honra (2000)

Carl Brashear (Cuba Gooding Jr.) veio de uma humilde família negra. No início dos anos 40, já adorava mergulhar e se alistou na Marina dos Estados Unidos como mergulhador. Inicialmente Carl trabalha como cozinheiro que era uma das poucas tarefas permitidas a um negro na época. Mas a coragem e determinação de Brashear impressionam Sunday, seu chefe, e os dois se tornam amigos quando Brashear tem de lutar contra o preconceito e a burocracia militar, que quer acabar com seus sonhos de se tornar comandante e reformá-lo.
“Ninguém acreditava nele, mas o personagem conquistou o respeito de todos por sua capacidade. Seja em qual área for empreender, a melhor maneira de dar certo é saber onde está entrando e ser respeitado pela sua eficiência e conhecimento na área”, analisa Nakagawa.



8. Decisões extremas (2010)

Os filhos do casal Aileen (Keri Russel) e John Crowley (Brendan Fraser) têm uma doença degenerativa. Marcados pela falta de esperança, suas trajetórias mudam quando descobrem um cientista (Harrison Ford) que pode trazer a cura. Mas para isso, John precisa abrir uma empresa para fabricar os remédios.
O filme mostra que as empresas precisam ter um propósito para serem criadas e o empresário tem que acreditar nela e no que produz. “A partir de problemas pessoais, o personagem encontra uma saída, que é a abertura de uma startup. Além do sentimentalismo da trama, o filme é um exemplo de empreendedorismo”, analisa o coordenador do Insper.






9. Happy Feet (2006)

Entre os pinguins imperador você apenas é alguém se souber cantar. Isto causa grande preocupação a Mano (Elijah Wood), considerado o pior cantor do mundo e também um grande sapateador. Apesar da história ser infantil, ela ensina como um empreendedor pode nadar contra a maré e se destacar por algo inusitado. “Essa é a conhecida inovação que muitos buscam. O pinguim viu que não poderia ser igual aos demais e inovou para conquistar o respeito de todos. Se você acredita em um mercado, mas ele já está saturado, por que não seguir esse ensinamento e procurar algo que possa se diferenciar?”, sugere Nakagawa.

10. O Céu de Outubro (1999)
No final dos anos 50, o adolescente Homer Hickam vive em uma cidade onde a mineração é a maior empregadora local. Ao saber que os russos colocaram o satélite Sputnik em órbita, Homer começa a sonhar em também colocar um foguete seu em órbita. Logo ele convence alguns amigos a participarem do projeto e, com o apoio de uma professora, dá início ao projeto que irá mudar sua vida para sempre.
O filme aborda algumas máximas que um empreendedor deve ter, na opinião de Nakagawa: persistência, mesmo quando as pessoas não acreditam nas suas ideias, e pensar “fora da caixa”, não ser parte do “efeito manada”. “Enquanto todos acreditavam na mineração, Homer pensava além e não desanimou quando todos à sua volta diziam que não daria certo. O filme conta ainda como é tirar a ideia do papel e, no final, o personagem se torna engenheiro da Nasa”.
Fonte: Infomoney (Por Luiza Belloni Veronesi)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Operação Concorrência Leal é prorrogada para 15 de maio


Entidades em reunião com equipe técnica do DIAT.
Entidades em reunião com equipe técnica do DIAT.
Em uma negociação amistosa entre classe contábil e empresarial, com a Secretaria Estadual da Fazenda (SEFAZ) esta, não abriu mão da fiscalização tributária dos anos 2010 e 2011 das  mais de 72 mil empresas de SC, enquadradas na Operação Concorrência Leal.
Na tarde desta sexta-feira (18), dirigentes dos três SESCONs do Estado (Grande Florianópolis, Blumenau e Santa Catarina), juntamente com CRC, FECONTESC e entidades empresariais, reuniram-se com técnicos do DIAT. Os lideres inicialmente solicitaram a exclusão dos anos 2010 e 2011, sugerindo o início das fiscalizações a partir do exercício  2012.
A Operação Concorrência Leal foi lançada em 1º de dezembro, com um prazo de 90 dias para adequações. Os técnicos entenderam a complexidade do trabalho da classe contábil a partir de agora, inclusive quanto ao prazo que é bastante reduzido, face o momento de fechamento de balanços e início das obrigações do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF).
Desta reunião ficaram estipulados alguns novos prazos que a classe contábil deve ficar atenta:
- 1º de fevereiro de 2013: Prazo para a SEFAZ reprocessar todas as informações reenviadas referentes ao Sintegra e de dados econômicos da DASN ;
- 15 de fevereiro de 2013: Até esta data a SEFAZ enviará aos contadores uma nova lista com as empresas indicadas, já com o reprocessamento dos equívocos, como Ativo Imobilizado, Material de Uso e de Consumo, etc;
- 15 de maio de 2013: Data final do envio espontâneo de todas as informações para a apuração da SEFAZ. A partir desta data a SEFAZ passa a tratar as divergências da Operação como Infrações Fiscais com a expedição de notificações.
A Secretaria da Fazenda adiantou que esta operação, batizada como Concorrência Leal, será mantida para os próximos anos. E já antecipou que discutirá com antecedência juntamente com as entidades contábeis, tornando público que o exercício de 2012 será criteriosamente analisado, inclusive com um maior aprimoramento na busca das informações.

Fonte: http://www.portalcontabilsc.com.br/v2/?call=conteudo&id=11130

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Busscar encerra atividades e libera funcionários




Fabricante de ônibus chegou a ter cinco mil funcionários (Foto: Fabrício Porto/Notícias do Dia)

A fabricante de ônibus Busscar, de Joinville, reuniu funcionários na manhã desta sexta-feira, 28, para explicar os motivos do fechamento da empresa, que teve falência decretada ontem pelo juiz Maurício Cavallazzi Povoas.


A sentença estipulou prazo de 90 dias anteriores à data de protocolo da ação de recuperação judicial na Justiça, como data inicial da falência. Com a decisão, a empresa já suspendeu todas as atividades.
A partir de agora, fica proibido qualquer ato de disposição ou oneração de bens da empresa sem autorização judicial.  O Instituto Rainoldo Uessler foi nomeado para cuidar da administração judicial da falência, que deverá prestar compromisso e apresentar os relatórios necessários. 


O juiz determinou, ainda, o lacre de cinco das empresas do grupo – Busscar Ônibus S.A., Bus Car Investimentos e Empreendimentos Ltda., Buscar Comércio Exterior S.A., Lambda Participações e Empreendimentos S.A. e Nienpal Empreendimentos e Participações Ltda.


Ele autorizou a continuação provisória das atividades das empresas Tecnofibras HVR Automotiva S.A., mediante fiscalização do administrador judicial, e da Climabuss Ltda., onde as atividades continuarão por 30 dias. 


Depois deste prazo, o administrador judicial da falência apresentará relatório indicando a viabilidade ou não da continuidade das atividades. Cabe apelação a instâncias superiores.


A Busscar entrou no mercado, com este nome, em 1990 e chegou a ter cinco mil funcionários em um complexo industrial de 84 mil metros quadrados. A empresa acumulou uma dívida de R$ 1,3 bilhão com fornecedores e funcionários.


*Com informações de g1.com/sc

Ministério exige novo documento em rescisões trabalhistas



Brasília, 24/08/2012 - A partir de 1º novembro, as rescisões de contrato de trabalho deverão utilizar o novo modelo do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT) instituído pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Caso contrário, não serão aceitas pela Caixa Econômica Federal para a liberação do seguro-desemprego e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
O novo TRCT detalha as parcelas e deixa mais claro para o trabalhador o valor das verbas rescisórias. Na informação sobre o pagamento de férias, por exemplo, são discriminadas as férias vencidas e as em período de aquisição, facilitando a conferência dos valores pagos.

O TRCT será utilizado junto com dois documentos: o Termo de Quitação nas rescisões de contratos de trabalho com menos de um ano de serviço, e o Termo de Homologação para as rescisões de contrato com período superior a um ano de serviço.

Assistência obrigatória

Em todo contrato com mais de um ano de duração são obrigatórias a assistência e a homologação da rescisão pelo sindicato profissional representativo da categoria ou pelo MTE. O objetivo é garantir o cumprimento da lei e o efetivo pagamento das verbas rescisórias, além de orientar e esclarecer as partes sobre os direitos e os deveres decorrentes do fim da relação empregatícia.

O secretário de Relações do Trabalho, Messias Melo, explica que até 31 de outubro as rescisões poderão ser feitas no novo TRCT ou no modelo antigo. Entretanto, a recomendação do MTE é para que as empresas passem a utilizar o Novo TRCT e os Termos de Quitação e Homologação imediatamente. “Os novos documentos dão mais transparência ao processo e mais segurança ao trabalhador no momento de receber sua rescisão”.

Para acessar a íntegra da portaria 1.057 e os modelos dos novos termos de Rescisão do Contrato de Trabalho, de Quitação e de Homologação (clique aqui):

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Não sofrerá exclusão do Simples quem já solicitou o parcelamento na RFB

Aviso importante: Contribuintes que receberam o Ato Declaratório Executivo - ADE de exclusão do Simples Nacional emitido pela Receita Federal do Brasil (RFB) e possuem exclusivamente débitos desse Regime Simplificado, caso já tenham solicitado o parcelamento na RFB, não serão excluídos por ocasião do processamento final da exclusão.  Nesse caso, não há necessidade de se solicitar novo parcelamento no sítio da RFB na internet.
Fonte: Receita Federal

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Proposta amplia crédito para microempreendedores individuais


De acordo com as pesquisas do Sebrae sobre crédito para MEI e o cruzamento de informações por parte dos bancos públicos sobre como se dá essa oferta, servirão como base para ampliação de financiamento para esse segmento.
O aumento de pesquisas do Sebrae sobre crédito para os microempreendedores individuais (MEI) e o cruzamento de informações por parte dos bancos públicos sobre como se dá essa oferta. Esses são alguns encaminhamentos que servirão de base para a proposta de ampliação de financiamentos para esse segmento, conforme ficou definido em reunião do Grupo de Trabalho (GT) que operacionaliza o MEI, nessa terça-feira (18), no Ministério da Previdência Social (MPS). A previsão é de que as propostas sobre os estudos sejam apresentados no próximo encontro, previsto para 17 de outubro.
A decisão foi tomada pelo subgrupo do GT que trata especificamente sobre crédito para MEI. Os debates levaram em conta a recente pesquisa do Sebrae sobre o perfil do Microempreendedor Individual. Entre as informações, o levantamento mostra que apenas 10% dos mais de 11,5 mil MEI entrevistados buscaram financiamentos. Desse número, 68% foram aos bancos públicos, sendo que 50% obtiveram sucesso. Os 27% restantes procuraram instituições privadas, cooperativas e organizações não governamentais. Desses, 52% conseguiram.
“A ideia é cruzar essa pesquisa com informações das instituições financeiras envolvidas”, explicou o analista de Acesso a Mercado e Serviços Financeiros do Sebrae, João Silvério.
O grupo também vai analisar os resultados do Programa Crescer de Microcrédito Produtivo Orientado, criado em agosto de 2011 pelo governo federal e destinado a microempreendedores informais e MEI, além de microempresas com receita bruta de até R$ 120 mil. O programa, que usa 2% dos depósitos à vista e tem subvenção econômica, empresta até R$ 15 mil por operação com juros de 8% ao ano e taxa de abertura de crédito de 1% sobre o valor financiado.
Balanço apresentado pelo secretário-adjunto de Política Agrícola do Ministério da Fazenda, João Rabelo, mostra que, até julho deste ano, o Programa Crescer emprestou mais de R$ 2,5 bilhões. Desse valor, R$ 207,1 milhões foram destinados aos microempreendedores individuais – trabalhadores por conta própria que ganham no máximo R$ 60 mil por ano, como cabeleireiras, vendedoras de roupa, borracheiros e encanadores. A ideia é que as instituições bancárias que operacionalizam o programa reforcem a iniciativa para maior acesso do MEI a esses recursos.
Segundo o secretário de Políticas de Políticas de Previdência Social do MPS, Leonardo Rolim, também será feito o cruzamento de dados entre a oferta de crédito aos empreendedores informais e MEI com Cadastro Único para Programas Sociais, do governo federal. Um dos objetivos é entender as dificuldades de acesso ao crédito por parte dos empreendedores e por que aqueles que estão obtendo financiamento continuam na informalidade. “O crédito é um dos itens de incentivo à formalização”, lembrou.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias por Dilma Tavares