sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Veja como avaliar se o seu negócio pode gerar franquias

Veja como avaliar se o seu negócio pode gerar franquias
16 de janeiro de 2012 07h03


Em ritmo de desenvolvimento, o setor de franquias atrai os olhares dos empresários que pretendem transformar seus negócios em redes de franquias. Foto: Shutterstock/Especial para Terra
Em ritmo de desenvolvimento, o setor de franquias atrai os olhares dos empresários que pretendem transformar seus negócios em redes de franquias
Foto: Shutterstock/Especial para Terra

O mercado de franquias vem crescendo de maneira sólida, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF). Com boas perspectivas, mais empreendedores decidem colocar suas marcas no sistema de franchising. A entidade estima que este ano o número de novas redes crescerá 8%. "A grande vantagem de se tornar um franqueador é expandir sem ter de investir em cada uma das novas lojas. É claro que ele terá de fazer investimentos, mas voltados para a infraestrutura dos franqueados", diz o consultor do Sebrae-São Paulo Gustavo Carrer.

De acordo com Carrer, antes de decidir pela franquia o empreendedor precisa analisar com objetividade se o modelo é aplicável ao seu tipo de empresa. "Cada caso é um caso. Às vezes, o empreendedor tem um negócio que ele julga ser inovador, mas quando vai para o mercado se surpreende negativamente. Quando tenta brigar com as grandes marcas, a realidade pode ser outra. Por isso, é muito importante fazer um estudo de franqueabilidade em primeiro lugar", afirma.

Esse tipo de estudo permite constatar se o modelo de negócio pode efetivamente se tornar uma franquia e também se o empreendedor está preparado para lidar como essa nova realidade. "Certa vez, atendi a um empresário que já tinha três lojas e queria transformar sua marca em uma franqueadora. O problema surgiu quando percebemos que nem sequer nos restaurantes próprios ele conseguia manter o padrão de identidade da marca. Apesar de o negócio ser franqueável, aquele não era o momento", conta o consultor.

"Existem outras formas de expandir. O próprio empreendedor pode abrir novas unidades. O problema é que, às vezes, se imagina que o caminho mais simples é o da franquia. Na verdade, não existe trajeto mais fácil: ambos contemplam riscos. Se você planeja se tornar um franqueador mas não tem condições de dar suporte aos franqueados, o negócio não vai dar certo", afirma Carrer. "O segredo para um empreendedor se tornar um bom franqueador é organização."

Uma das vantagens do sistema de franquias é o fortalecimento da marca de maneira mais acelerada. O empreendedor não precisa fazer o investimento na montagem de uma nova filial. Ele vai ter a ajuda dos franqueados para tornar seu negócio presente e conhecido em outras regiões. Mas essa tática só pode dar certo se ele tiver infraestrutura para reproduzir o mesmo tipo de negócio nas unidades franqueadas. "Reproduzir a loja, em termos de espaço físico, é fácil. O problema é garantir a mesma qualidade do produto ou serviço prestado", comenta Dalto Viesti, coordenador de graduação da Trevisan - escola especializada em negócios.

Dinâmica do mercado
Além do perfil do empreendedor que projeta expandir sua marca e chegar a várias regiões, existe aquele que prefere manter o modelo individual de negócio. Na maioria das vezes, esse tipo de empreendedor acredita que mudar a estrutura de negócio pode fazer como que seu serviço ou produto perca o diferencial de atuação. "Conheço muitas lojas que se mantiveram pequenas e que não perderam espaço por conta dessa escolha. Esses empreendedores garantiram a qualidade, o que cria uma relação de confiança muito grande com o público", explica Viesti.

Manter um padrão de qualidade não é o único segredo para que essa modalidade de empreendimento dê certo. De acordo com o coordenador, é preciso que esse empreendedor fique atento ao mercado e à concorrência. "Com o dinamismo do mercado, principalmente nos pontos de muito movimento, esse empreendedor pode deparar com uma concorrência inesperada. Aí ele tem o desafio de garantir a preferência do público para não ter que dividir a sua clientela", afirma.

Gustavo Carrer, do Sebrae-São Paulo, explica que nesse caso o empresário terá sempre de estar ligado às tendências do público. "Esse tipo de empreendedor jamais poderá dormir em berço esplendido. Muito pelo contrário. Ele deve buscar informações sobre seu público e o mercado de atuação constantemente", diz ele.

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Especial para o Terra

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