terça-feira, 31 de julho de 2012

Oito passos para entrar no mercado de trabalho


Antes, durante e depois do ingresso no mercado de trabalho, algumas ações podem ser fundamentais para o sucesso.

O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, durante um Congresso Socialista em Paris, para representar a greve geral que ocorreu em 1º de maio de 1886, em Chicago. No Brasil, a data é relacionada à luta pela redução da jornada de trabalho e a primeira celebração ocorreu em Santos, em 1895. Conforme o IBGE, milhares de trabalhadores que foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos.

Ainda hoje, a luta reside em manter os direitos constitucionais e buscar avanços rumo à felicidade do ser humano. E como obtê-la em um mercado cada vez mais competitivo e exigente? Sabe-se que não basta formação técnica, mas reunir competências comportamentais que facilitem o relacionamento entre as pessoas e propicie comunicação objetiva.

Antes, durante e depois do ingresso no mercado de trabalho, algumas ações podem ser fundamentais para o sucesso:

1 – Prepare sua auto-apresentação: em entrevistas ou momentos de interação profissional, haverá situações em que você deverá responder às clássicas perguntas “fale-me a seu respeito”. Competências, modo de ser, experiências e aspirações devem ser informadas de forma articulada e, sobretudo, convincente. O importante é dar uma visão geral de sua experiência e expectativas de evolução profissional.

2 – Desperte interesse no entrevistador: além de apresentar um currículo, fazer a diferença pode valorizar o “passe”.


3 – Cuide de sua imagem: ao se apresentar numa entrevista, você deve cuidar de sua imagem: cabelo, unhas, maquiagem, roupas formais e neutras.

4 – Conheça a empresa: visite o site, busque informações em revistas de negócios e especializadas para demonstrar interesse no momento da entrevista.

5 – Procure empresas que apostem na formação: confirme se a organização investe nisso e demonstre que valoriza a iniciativa durante a entrevista.

6 – Complemente sua formação acadêmica: empresas valorizam candidatos com experiências sociais ou profissionais complementares à formação acadêmica, como voluntariado e estágios.

7 – Diversifique a procura: o mercado de trabalho é cada vez mais global e jovens devem estar atentos a oportunidades em nível nacional e internacional.

8 – Procure identificação pessoal com os valores das empresas: as pessoas e as empresas são diferentes. Os candidatos devem procurar as empresas com que se aproximem ao seu perfil e valores.

E aqui vai a mais importante e crucial das dicas:

Seja você mesmo, sempre! Use e abuse de suas competências, agindo como facilitador e peça fundamental na solução de problemas. Assim, seu caminho para o sucesso estará sendo trilhado.

Por Elaine Lombardi, psicóloga e consultora / artigo publicado no AN Jaraguá.
Fonte: Portal Contabil SC

Saiba como a aposentadoria pode mudar

Congresso, governo e sindicatos voltam a discutir em agosto fórmula para substituir fator previdenciário. Novo fator 85/95, que prevê benefício integral, pode ser aprovado para os trabalhadores da ativa.

Parlamentares e sindicalistas devem iniciar nesta quarta-feira pressões para que o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, coloque em votação projeto que muda a aposentadoria.

A proposta extingue o fator previdenciário -índice que reduz o benefício por tempo de contribuição de quem se aposenta cedo.

A fórmula foi criada para estimular o adiamento do benefício, mas, na prática, isso não ocorreu. Os trabalhadores continuaram a se aposentar cedo, com valor menor, e optaram por continuar na ativa após receber o benefício.

Além disso, há um agravante: em razão do fator, é impossível para o trabalhador programar sua aposentadoria. O índice muda -para pior- todos os anos, com a evolução da expectativa de sobrevida da população.

Hoje, um homem com 60 anos de idade e 35 anos de contribuição tem fator 0,8668. Porém um trabalhador com 55 anos de idade e 30 de contribuição não terá esse mesmo índice em cinco anos. O fator será menor -porque a expectativa de sobrevida da população tende a aumentar-, e seu impacto na aposentadoria, maior.

FÓRMULA 85/95

A pressão pelo fim do fator aumentou há cinco anos. O Congresso chegou a aprovar sua extinção, mas o então presidente Lula vetou a proposta em 2010 por não haver um substituto para o índice.

Agora as discussões voltam-se para o chamado fator 85/95, que já foi discutido anteriormente, mas acabou descartado. Como o governo não aceita o fim puro e simples do fator atual, a fórmula voltou a ser cogitada.

A proposta é simples: aposentadoria integral quando a soma da idade do segurado com seu tempo de contribuição for 85, para mulheres, e 95, para homens. O tempo mínimo de contribuição (30 anos, para mulheres, e 35, para homens) seria mantido.

A mudança valeria só para os trabalhadores da ativa (veja exemplos no quadro).

O problema é que o governo, que já deveria ter apresentado uma contraproposta mais próxima do que considera viável do ponto de vista orçamentário, não conseguiu finalizar o texto até agora.

Além disso, o Ministério da Previdência já fala que medidas provisórias podem emperrar as votações e levar a discussão para setembro.

O relator do fator 85/95, deputado Ademir Camilo (PSD-MG), entretanto, afirma que Marco Maia será cobrado para manter o acordo de votação até o dia 10 de agosto.

"Temos acordo com as lideranças. Se o governo não apresentar um novo texto, pode fazer ajustes no nosso."

A CUT e a Força Sindical também prometem pressionar pela votação.

Idade mínima pode valer para novos trabalhadores

Governo diz que medida deve evitar rombo no INSS; sindicatos são contra. Gastos com pensão por morte também fazem Previdência pensar em alterar regras para a concessão do benefício

O governo quer implementar a idade mínima para a concessão da aposentadoria por tempo de contribuição para novos segurados -aqueles que ainda não ingressaram no mercado de trabalho.

Embora não tenha apresentado nenhum projeto formal, a equipe econômica do governo defende para a aposentadoria de futuros trabalhadores as idades mínimas de 65 anos (homens) e 60 anos (mulheres). A proposta mantém o tempo mínimo de contribuição atual -35 e 30 anos, respectivamente.

A ideia, polêmica, encontra forte resistência nas centrais sindicais, o que pode atrapalhar a votação das alterações na aposentadoria.

"Para nós, a idade mínima é absolutamente prejudicial para a maioria dos trabalhadores", disse Artur Henrique da Silva Santos, dirigente e ex-presidente da CUT.

"É uma irresponsabilidade com as gerações futuras."

A Força Sindical também diz ser contra. Para Julio Quaresma Filho, diretor administrativo do Sindinapi (sindicato dos aposentados da Força), a medida prejudica os mais pobres, que precisam trabalhar mais cedo.

O Planalto procura respaldo para a idade mínima no avanço da expectativa de vida da população.

No começo do mês, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) disse ter lhe chamado "muito a atenção" o fato de a expectativa de vida da população ter aumentado mais de 20 anos desde 1960. "Hoje estamos em 73."

Também preocupa o Planalto o deficit da Previdência, que saltou 38,1% em junho, para R$ 2,757 bilhões.

As propostas não param aí. Fala-se ainda em idade mínima progressiva, que mudaria -para 61/66 anos, e assim por diante- de acordo com o aumento da expectativa de sobrevida da população.

Essa progressão poderia ser aplicada para trabalhadores da ativa, no fator 85/95. Ou seja, aumentar para 86/96, depois para 87/97 etc., até o fator 95/105 se a população envelhecer demais.

Também há resistência. "O fator 85/95 é o máximo que a gente consegue suportar", disse Artur Henrique, da CUT.

PENSÕES

A pensão por morte também deve ser revista. O governo gastou mais de R$ 100 bilhões em pensões em 2011.

Pode haver carência para a concessão e a limitação do valor da pensão em decorrência da idade e do número de filhos da viúva, por exemplo.

Hoje, basta o segurado fazer uma contribuição para o cônjuge receber para sempre o benefício máximo, mesmo que case novamente.

Além disso, distorções no cálculo fazem com que a pensão, muitas vezes, seja maior se o trabalhador morrer antes de se aposentar.

Opinião, de Wladimir Novaes Martinez

Mais que um número, fórmula 85/95 representa justiça social

O aumento da expectativa de vida do brasileiro poderá indicar a fórmula 90/100 e, depois, A 95/105

As divergências e as concordâncias entre as lideranças sindicais e o Ministério da Previdência Social -no que se refere à extinção do fator previdenciário da lei nº 9.876/99 e sua eventual substituição por um limite de idade único em todo o país- podem ser politicamente solucionadas com o retorno da ideia da fórmula 85/95.

Ela foi por nós sugerida em 1992 ao então ministro da Previdência Social, Antonio Britto Filho, mas depois foi esquecida. Em 2003, parte dessa ideia foi aproveitada na EC nº 41, em relação à aposentadoria por tempo de contribuição do servidor público (ali, maior tempo de serviço significa menor idade).

Em poucas palavras, o que é a fórmula 85/95?

Significa manter a aposentadoria por tempo de contribuição no Brasil (praticamente extinta em todo o mundo e aqui justificada pela falta de um seguro-desemprego que permita uma aposentadoria mais adiante), reconhecendo a precocidade laboral dos trabalhadores humildes e dos informalizados.

É sabido que os trabalhadores da classe baixa têm de começar a trabalhar mais jovens, enquanto as pessoas da classe média de modo geral o fazem depois dos 18 anos de idade ou até mais tarde no caso dos profissionais liberais e empresários.

Compare-se o direito de um ajudante de pedreiro nordestino com 55 anos de idade (que viverá até 65 anos, segundo o IBGE) com o de um médico da região Sudeste com a mesma idade (que vai viver até 73 anos).

Aquele segurado começou a trabalhar, em média, com 15 anos de idade, mas terá registrado na CTPS algo em torno de 10 anos. Acabará se aposentando por idade, aos 65 anos, se até lá completar o período de carência de 15 anos.

O médico iniciou seu labor, em média, com 25 anos de idade e com certeza terá 30 anos de serviço na CTPS aos 55 anos de idade (com direito à aposentadoria proporcional de 70% do salário de benefício). Se for uma médica, nas mesmas condições, fará jus à aposentadoria integral (então, de 100%).

Na fórmula 85/95, os 55 anos de idade e os 40 anos de serviço (presumidos) do ajudante de pedreiro somam 95 anos. O médico, nas mesmas condições, teria 55 mais 30, ou seja, 85 anos, e deveria se aposentar (se é que médico se aposenta) 5 anos adiante, pois 60 mais 35 resultariam em 95 anos.

Nota-se que, precariamente nascido, malnutrido, vestido pobremente, transportando-se com dificuldade e desgastado pelo esforço físico, o ajudante raramente voltará ao trabalho depois da aposentadoria. Diferentemente, o médico continuará clinicando até o fim da vida.

Um limite de idade nacionalmente unificado, geralmente unissexual, ignora que o segurado nordestino, ora exemplificado, vive dez anos menos que os segurados da região Sudeste. E também que as mulheres vivem sete anos mais que os homens.

A fórmula 85/95 representa mais do que uma simples soma do tempo de serviço com a idade. Reconhece a distinção legal da mulher, enquanto assim pensar o legislador. Da mesma forma a atividade insalubre, determinante da aposentadoria especial. E, é claro, a situação do professor, que, constitucionalmente, aposenta-se cinco antes dos demais segurados.

O aumento da expectativa de vida do brasileiro poderá indicar a fórmula 90/100 e, mais adiante, 95/105.

De todo modo, ela tenta fazer justiça social, igualando os desiguais num país de tantas desigualdades.

WLADIMIR NOVAES MARTINEZ é advogado especialista em direito previdenciário, membro da Comissão de Seguridade Social da OAB de Vinhedo/Louveira e autor de mais de 65 livros sobre previdência social.
Fonte: Folha de S.Paulo

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Como fazer um projeto para captação de recursos

Como fazer um projeto para captação de recursos



Os projetos para captação de recursos são normalmente proposto pelo terceiro setor e normalmente realizados a partir de editais que pode ser disponibilizados pelas esferas municipais, estaduais e federais, além de instituições privadas que podem ser beneficiadas pelo abatimento dos impostos. É importante frisar que os projetos de captação de recursos devem estar dentro os parâmetros legislativos brasileiros.

Para elaborar seu projeto é necessário inicialmente consultar o edital e verificar a possibilidade de sua participação. Note que os editais normalmente são abertos para pessoas jurídicas ( ongs, clubes, associações) ou pessoa física ( indivíduo), bem como deve se atentar a uma boa escrita e um bom português, além de apresentar:

-Uma boa apresentação de sua proposta
-Uma boa justificativa
-Definição de objetivo geral (obrigatório) e específicos ( decorrência do geral)
-Atividades que serão desenvolvidas
-Orçamento da proposta
-Cronograma de Atividades

Instruções

  1. Apresentação:
    Para elaborar uma boa apresentação é necessário que você se atende a:
    -Adequação ao discurso da instituição que você irá propor ao projeto.
    -Breve apresentação do projeto e os motivos que o levarão.
    -Detalhamento do projeto

    Dicas:
    Essa é a parte mais importante, pois você poderá conquistar o jurado através da curiosidade.
     
  2. Justificativa:
    Você deverá justificar seu projeto:
    -Deverá ser claro e objetivo.
    -Deverá se adequar as propostas do edital.
    -Suas ideias devem ser relevantes e criativas.
    -Apresente um contextos histórico.
    -Aproprie-se de citações para defender sua justificativa.
    -Apresente o contexto e demandas.
    -E por último diga por que o seu projeto deve ser aprovado.
     
  3. Objetivo:
    Antes de escrever todas as outras etapas, defina qual o seu objetivo. Lembre-se que:
    -O objetivo é um recorte específico de um grupo, público-alvo, etc..
    -O objetivo específico é os desdobramentos do objetivo geral
    ex:
    Objetivo geral: Desenvolver ações com mulheres de até 20 anos em período de amamentação.
    Objetivos específicos: Desenvolver ações no pré-natal / Ações preventivas / orientações para o parto.
     
  4. Atividades que serão desenvolvidas:
    Neste ponto você deverá detalhar todas as atividades, sendo quê:

    -Deverá apresentar cada atividade em destaque, com nome, apresentação, objetivo geral e específico e justificativa.

  5. Orçamento da proposta:
    Neste item você deverá ter domínio do excel para poder descrever e calcular todos os itens necessários para a execução do projeto. Sendo que você deve atentar:

    O valor recebido é para auxiliar a execução do projeto e não do seu bolso.
    Um orçamento realista ( não invente valores, pesquise três valores para cada item)
    Não esqueça de justificar a necessidade dos itens
    Seja transparentemente em sua prestação de contas.
     
     
  6. Cronograma de Atividades:
    -Este item você deverá trabalhar com uma tabela no word e definir mês a mês quais são as ações que serão desenvolvidas, pense em um detalhamento e uma competente transparência de seu trabalho. Inicie essa tabela desde a criação do projeto.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Veja os benefícios da contratação de profissionais idosos

O envelhecimento da população, ao contrário do que se possa pensar, não é motivo só de gastos para a sociedade, mas é também uma oportunidade de as empresas contarem com mão de obra qualificada, experiente e madura. "A seleção de profissionais com 60 anos ou mais é benéfica tanto os idosos como as organizações que os contratam", afirma Luiz Edmundo Rosa, diretor de educação da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-Nacional).

O Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta aproximadamente 20,5 milhões idosos - quase 11% da população do País. Em 2000, o contingente era de 14,5 milhões. Segundo o Banco Mundial, se esse ritmo se mantiver, cerca de metade da população brasileira será idosa até 2050.

Para Luiz, o trabalhador idoso representa uma saída à escassez de mão de obra qualificada. "A partir do boom da economia em 2010, as empresas se deram conta com mais intensidade de que falta profissional qualificado no mercado", diz. A pessoa com mais de 60 anos teria, além do conhecimento próprio de cada profissão, também características pessoais - tais como maturidade e senso de responsabilidade - que fazem com que esteja mais adaptada à rotina organizacional.

A contratação de profissionais nessa faixa etária, na opinião de Luiz, tem algumas particularidades. Segundo ele, é interessante, por exemplo, oferecer flexibilidade de horários e uma tarefa desafiadora. "É um desperdício usar um profissional experiente apenas como força de trabalho. Ele pode ser, inclusive, mentor das novas gerações", opina.

Luiz também alerta que a empresa é a responsável pela maneira como jovens e idosos vão se relacionar. O clima de confronto de gerações não deve existir. "É preciso ressaltar aspectos positivos, tanto dos mais novos, quanto dos mais maduros", afirma o presidente.


Grupo Pão de Açúcar

 

Desde 2004, o Grupo Pão de Açúcar, formado pelas redes Extra, Pão de Açúcar, Ponto Frio e Assaí, possui um programa focado na contratação de profissionais da terceira idade. Vandreia Oliveira, gerente de Recursos Humanos do grupo, explica que uma das políticas da empresa é focar na diversidade. "Desenvolvemos programas de inclusão social e percebemos, na prática, o quão benéfico é possuir um time de colaboradores composto por pessoas diferentes", diz.

Os benefícios vão desde contar com profissionais mais maduros e responsáveis até garantir que o ambiente de trabalho seja mais equilibrado do ponto de vista comportamental. Isso porque os jovens costumam ser ansiosos, enquanto os mais velhos têm menos pressa. "É preciso cuidado para não dizer que uma geração é melhor do que a outra. Isso não existe. O que vemos é a complementaridade", aponta Vandreia.

A gerente diz que, na época em que foi instaurado o programa, a questão dos trabalhadores idosos ainda não era discutida em profundidade, mas que hoje em dia ela considera uma "obrigação moral" das empresas contratarem esses profissionais, garante ela. Ao todo, o Grupo Pão de Açúcar possui 1,7 mil profissionais com 60 anos ou mais trabalhando em suas quatro bandeiras, o que representa pouco mais de 1% da força de trabalho total. 


A porta de entrada principal para os idosos na empresa é o cargo de empacotador, mas nada impede que um profissional dessa idade comece já em cargos de gerência. "Escolhemos a pessoa que tem mais perfil para a vaga em questão. Não levamos em conta se ela é jovem ou idosa", afirma Vandreia.
Fonte: Cross Content (Terra Empreendedorismo)

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Veja cinco maneiras de conseguir crédito para a sua empresa

A maior parte das empresas - não importa o porte ou o segmento - necessita, ou vai precisar, no futuro, de crédito. Esta é uma prática comum do mercado, já que para expandir a atuação e implantar inovações, é preciso investir capital. Com a ajuda de Samy Dana, professor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EESP).

Cartão BNDES
O produto do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) serve para financiar a compra de equipamentos com juros fixos que chegam, atualmente, a 0,97% ao mês. A vantagem é a agilidade. Uma vez obtido o cartão, o empreendedor tem acesso a crédito pré-aprovado, ou seja, não precisa passar pela aprovação de sua instituição financeira quando quiser liberar o dinheiro. O teto é de R$ 1 milhão. O crédito, no entanto, pode ser gasto apenas com fornecedores cadastrados junto ao BNDES. Atualmente, esses são mais de 41 mil, entre fabricantes e distribuidores, trabalhando com cerca de 196 mil produtos.

 

Empréstimo bancário
Essa é a forma mais criticada de crédito pelos especialistas. Isso porque a lógica dos bancos eleva os juros quanto maior é o risco. "Por isso o financiamento de uma casa - que é um ativo e, caso não haja pagamento, vai a leilão - tem os juros mais baixos do que o empréstimo para pequenas empresas, que teoricamente oferecem um risco maior", explica Samy.

 



Caixa futuro como garantia
A operação, conhecida como factoring, acontece quando uma empresa pequena, mas que tem clientes de grande porte, comprova que tem notas para receber e consegue o empréstimo bancário com juros menores, parecidos com os praticados para grandes organizações. "O pequeno empresário usa o seu caixa futuro como garantia", explica Samy.

 
Cooperativas
Ao contrário dos bancos, que dependem em grande parte de empréstimos tomados diretamente do Banco Central, a maioria das cooperativas se financia com o dinheiro dos próprios correntistas cooperados. Isso torna o preço do crédito desconectado, ao menos de forma direta, das variações das taxas de juros. Por reverter a maior parte dos lucros em custos administrativos - como contratação de funcionários e encargos fiscais - ou no próprio barateamento do crédito, as cooperativas fornecem taxas mais baixas do que a média do mercado. Em geral, as instituições oferecem produtos similares àqueles de um banco comum, como conta corrente, poupança e financiamento.

 
Empréstimo familiar
A modalidade mais informal de crédito tem justamente no seu caráter pouco profissional o maior problema. "Se a empresa quebra e o empresário vai à falência, ele vai precisar lidar também com a tensão familiar que o calote traz" diz Samy. Além disso, pode acontecer de o parente pedir a antecipação do pagamento porque precisa do dinheiro, o que gera, novamente, um desconforto familiar. Levado isso em consideração, é importante que o pagamento do crédito seja feito com juros. Samy recomenda que se pague o percentual da taxa Selic, que é a quantia que o familiar ganharia caso tivesse investido o dinheiro em títulos.
Fonte: Cross Content

quinta-feira, 19 de julho de 2012

5 Formas de Negociar Prioridades


Seja com seu chefe, colega de trabalho ou cliente é importante ter clareza do que é prioritário de ser feito, caso contrário tudo vira urgente e você acaba se perdendo.

Na experiência que estou fazendo de acordar mais cedo, para aumentar o nível de resultado, é nítido nos comentários das pessoas que estão aderindo à experiência que eles conseguem melhorias, pois simplesmente nessa hora adicional eles focam em prioridades reais, sem ninguém atrapalhar.
Selecionei cinco formas de você negociar e estabelecer prioridades. Claro que o assunto não termina aqui, mas é um bom começo.
1 – Tenha controle do seu dia
Não adianta querer priorizar se você não tiver um planejamento. São coisas ligadas, mas que acontecem em uma ordem. Primeiro eu preciso puxar da cabeça tudo que tenho para fazer, depois eu planejo isso nos próximos três ou cinco dias e, daí, eu priorizo diariamente o que deve ser feito primeiro e depois. Se você não sabe o que deve fazer e ficar apenas recebendo e-mails ou lembranças te dando ordens do que fazer você não vai conseguir priorizar de forma eficaz.
2 – Antecipe ao máximo
Sempre que possível não espere a prioridade virar urgência para fazer. Quanto mais antecedência você tiver, mais flexibilidade terá na hora de definir o momento certo de execução. Adiar uma prioridade que tem prazo para um momento de melhor performance pessoal é super saudável, o problema é quando você tem de fazer a prioridade porque é o limite da entrega.
3 – Negocie prioridades antes de serem urgências
Se você sabe que algumas prioridades dependem de terceiros, não espere que eles lembrem da prioridade na última hora. Você não pode mudar o modo das pessoas se planejarem, mas o seu planejamento pode inferir na boa produtividade de toda a equipe. Pequenos e-mails de lembrete ou de oferecimento de ajuda ajudam a relembrar a tarefa.
4 – Negocie com seu chefe
Eu não aceito quando delego uma tarefa e a pessoa simplesmente retorna: “não dá pra fazer”. Não dá por que? Quais as prioridades? É bem diferente quando eles chegam e falam: “Eu estou com essas prioridades na semana. O que você acha que deve ser priorizado?”. O líder tem de saber o que é prioritário. Ele junto com você pode negociar as prioridades e os prazos. Haverá dias que vai precisar de “tempo extra”, mas na maior parte dos casos deverá ser possível ajustar.
5 – Negocie com base no resultado
Se tiver dúvidas do que deve ser priorizado, eu sugiro “elevar” o questionamento para as metas, momento, visão ou missão da empresa. Precisa aumentar o faturamento? Priorize as atividades de faturamento. Precisa aumentar a qualidade de serviço? Priorize o atendimento ao cliente. Priorizar significa dar uma ordem de execução, não esquecer a atividade. Por isso, saber o momento certo de fazer se torna imprescindível nessa decisão.
Até a próxima!
Use seu tempo com sabedoria.
Autor: Christian Barbosa, empreendedor

Qual é a mídia certa?

Muitos empreendedores têm essa dúvida. Veja três casos com diferentes situações quando o assunto é publicidade.

Um fato corriqueiro na vida de todo empresário ou executivo que investe em publicidade, seja no formato que for, é saber se o dinheiro investido está indo para o caminho certo e, o mais importante, se está retornando, no mínimo, como programado.
Hoje em dia, com todas as ferramentas que estão disponíveis para se anunciar; Televisão, Internet, Jornal, Revista, Rádio, Mala Direta, Outdoor, Extrato de Contas, E-mail Marketing e além de uma infinidade de outras mídias disponíveis no mercado, está cada vez mais difícil entender para onde direcionar sua verba.
A resposta chega a ser idiota de tão simples: coloque onde está o seu cliente e de preferência onde tem a maior quantidade deles.
E, apesar de ser simples, vou citar três exemplos reais que vi recentemente em conversas com empresários de diferentes indústrias, de diferentes segmentos e principalmente de tamanhos variados.
Sim, eu sou um conversador nato, adoro ouvir exemplos de como as pessoas estão fazendo nas suas empresas, assim posso aprender coisas novas, ou ainda melhor, aprender com o erro dos outros – o que no final das contas sai muito mais barato, para mim e para minha empresa.
O primeiro caso é de uma empresa que trabalha exclusivamente para o segmento de negócios voltado para tecnologia, ou seja, todos os clientes dela são pessoas jurídicas, conhecidos do diretor comercial pelo nome, sobrenome, nome da secretária, muitas vezes até conhecendo o da mulher e dos filhos.  Mas fazer uma “campanha marketing” de marketing é muito charmoso e o dono dessa empresa me procurou para saber o que eu achava.  E deu-se o seguinte diálogo em linhas gerais:
Eu: E quem você quer atingir?
Ele: Os meus clientes é claro. E os concorrentes deles.
Eu: Mas você não tem um contato diário com os seus clientes? E você não conhece todos os concorrentes deles profundamente?
Ele: Claro, mas aí eu os atingiria mais ainda.
Eu: E que tal chamá-los para almoçar ou para uma viagem de lazer? Você aumentará muito mais os laços do que fazer uma campanha.
Moral da estória: Às vezes é mais eficaz ir pessoalmente até o cliente do que mandar uma mensagem em papel, Internet ou qualquer outra mídia.
O segundo caso é de uma empresa que tinha 1 milhão de reais para gastar em uma campanha de varejo. Ao procurar sua agência, fez a seguinte pergunta:
“Quantos clientes com as características ‘XYZ’ eu consigo atingir com essa verba?”
A agência deu duas alternativas, uma era através de revista e seriam impactados em torno de 600.000 prospects. A outra seria usar alguns canais de Internet e atingir 7,2 milhões de prospects.
Depois dessa exposição o cliente não teve dúvida: “Então vamos fazer a revista, porque as pessoas podem manusear, não é?”
Se não está sobrando dinheiro, e nunca está, aplique-o bem. Nem sempre a mídia que você usa no seu dia-a-dia é a mesma que o seu cliente usa. Existem pessoas especialistas nisso e, se você paga por isso, por que não usufruir?
O terceiro caso também está ligado ao gasto de dinheiro. Uma grande empresa estava fazendo uma campanha de milhões de dólares e apareceu uma oportunidade de fazer uma mídia muito segmentada, voltada para o seu público alvo. Mas essa mesma empresa gasta muito dinheiro em todas as mídias disponíveis. E a dúvida do responsável pelo marketing era se valia a pena atingir um público tão segmentado. A conclusão deles foi a seguinte:
“Nós iremos atingi-los de diversas formas, faremos a campanha nas TV’s e nas revistas para explicar o conceito da campanha, no ponto de venda reforçaremos o conceito do produto juntamente com a nossa marca e usaremos a Internet para capturar o cliente/prospect exatamente no momento em que podemos explicar mais profundamente as características do nosso produto, com mais tempo, mais detalhado e com muito mais assertividade.”
Nesse caso eles usaram um conjunto de mídias para atingir exatamente o seu público alvo.
Claro que parece que quem tem mais dinheiro para gastar pode acertar mais facilmente. Mas é exatamente o contrário, aqueles que têm mais dinheiro tendem a errar mais e gastar mais do que devem, muitas vezes dando tiro de canhão para matar um passarinho, quando poderiam dar tiros certeiros e conseguir resultados muito melhores.
No final da estória, não importa o tamanho da sua empresa, a verba que você possui ou o tipo de mídia que você mais gosta. Entenda ou aprenda onde está o seu cliente e a melhor forma de interagir com ele, se você conseguir isso, com certeza obterá os melhores resultados.
Boas vendas.
 
Claudio Gandelman é desde 2008 CEO do Match.com, empresa detentora do ParPerfeito, o maior site de relacionamento do Brasil.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Deputado quer incluir todas as micro e pequenas empresas no Supersimples


O deputado Guilherme Campos (PSD-SP) defendeu, nesta quarta-feira (11), que o Simples Nacional (ou Supersimples) atenda a todas as micro e pequenas empresas, com um índice de cobrança único com base no faturamento.


O deputado Guilherme Campos (PSD-SP) defendeu, nesta quarta-feira (11), que o Simples Nacional (ou Supersimples) atenda a todas as micro e pequenas empresas, com um índice de cobrança único com base no faturamento, independentemente do ramo de atuação. O tema foi abordado em audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio.
Campos informou que a Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa prepara um projeto de lei complementar para ampliar o número de possíveis participantes do regime. “Tenho um mantra: para se enquadrar na lei basta ser empresa, independente da atividade”, disse o parlamentar.
Atualmente, Lei Complementar 123/06, que criou o Supersimples, exclui algumas atividades desse sistema simplificado de tributação, como empresas de transporte interestadual, de arquitetura, consultórios médicos e odontológicos, fisioterapeutas, corretoras de seguros e de imóveis, academias de ginástica e representantes comerciais.
Podem recolher tributos pelo Supersimples as microempresas com receita bruta anual de até R$ 360 mil e as pequenas que faturem até R$ 3,6 milhões por ano – desde que não estejam na relação de vedações, como as que atuam no sistema financeiro, na área de combustíveis, fumos e bebidas alcoólicas. Hoje, tramitam na Câmara 193 propostas para alterar a legislação em vigor.
Segundo Campos, o Supersimples é a reforma tributária que deu certo, pois permitiu ao micro e pequeno empresário existir na formalidade. “A vida é dinâmica e a lei precisa de atualizações”, disse. O parlamentar criticou a atuação da Receita Federal ao tentar barrar a inclusão de mais profissionais no regime diferenciado de tributação. “A Receita é um freio de mão em todo o processo”, declarou.

Reivindicações
Na audiência, representantes de diferentes ramos profissionais do setor de serviços cobraram a ampliação das atividades abrangidas pelo Simples Nacional como forma de reduzir a informalidade. O presidente da Confederação Nacional de Serviços, Luigi Nese, sustentou que o segmento é o que mais emprega no País (39 milhões de trabalhadores em 1,1 milhão de empresas), mas foi desprestigiado na Lei do Supersimples. “Nosso maior ativo é o pagamento de salários, a folha de pagamento. Estamos onerando o salário e isso diminui a competividade, a empregabilidade e a formalização”, afirmou. Nese destacou ainda que o setor representa 67% do Produto Interno Bruto (PIB), que ficou em R$ 2,3 trilhões em 2011.
O presidente da Federação Nacional dos Corretores de Imóveis (Fenaci), Carlos Alberto Schmitt de Azevedo, apontou que 35% dos 15 milhões de profissionais liberais brasileiros estão na informalidade. “Se as clínicas [de fisioterapia] já estão nessa dificuldade, o que dirá o profissional na ponta”, comentou. Segundo ele, entre os 250 mil corretores no País, 70% trabalham sem carteira assinada.
Sobrevivência
De acordo com a conselheira do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 8ª Região (Coffito), Marlene Izidro Vieira, as clínicas de fisioterapia não conseguem sobreviver com os impostos atuais e precisam ser enquadradas no Supersimples. “Uma clínica não consegue sobreviver se ficar só com um paciente por horário”, afirmou. Segundo ela, hoje as clínicas é que tem de fazer outros serviços, alugar salas, para poder existir. Essa reivindicação também foi feita pelo internauta Airon Razir, que participou do debate por meio de bate-papo promovido pela Coordenação de Participação Popular da Câmara.
Alexandra Martins
Luigi Nese: Lei do Supersimples desprestigia o setor de serviços.
“Qual a diferença entre um fisioterapeuta e um contador? Se os contadores estão no Simples Nacional, por que o profissional de saúde não deve estar?”, indagou Marlene Vieira. Ela informou que as clínicas recebem dos planos de saúde R$ 7 bruto por paciente.
Conforme a presidente da Associação Comercial do Distrito Federal, Danielle Bastos Moreira, é necessário garantir a isonomia entre os profissionais de serviço. “A discriminação [para incluir no Supersimples] é pela ocupação profissional. A forma atual da lei deve ser modificada”, comentou.
Inoperância
Para o deputado Armando Vergílio (PSD-GO), a não inclusão de profissionais e empresas do setor de serviços no Supersimples acontece por inoperância do governo federal. O parlamentar também é presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização, de Previdência Privada, das Empresas Corretoras de Seguros e de Resseguros (Fenacor).
Na opinião dele, o Executivo vedou a inclusão de mais empresas e profissionais do setor de serviços no Supersimples para não gerar um “efeito manada”. “Se houvesse sensibilidade, teríamos um crescimento muito maior no setor, com ganhos maiores”, argumentou Vergílio.
Arrecadação
Hoje, o regime simplificado de tributação conta com 6,56 milhões de micro e pequenos negócios. Esse número inclui mais de 2,5 milhões de empreendedores individuais (EI), trabalhadores autônomos com renda de, no máximo, R$ 60 mil por ano em atividades como cabeleireiro, manicure, vendedor de roupas e de cosméticos e fotógrafo.
Em 2007, primeiro ano de vigência do Supersimples, foram arrecadados R$ 8,3 bilhões. Em 2008, o sistema recolheu R$ 24,1 bilhões, passando para R$ 26,8 bilhões, em 2009. No ano seguinte, o valor subiu para mais de R$ 35,5 bilhões e para R$ 42,2 bilhões, em 2011.

Íntegra da proposta:

Fonte: Agência Câmara

terça-feira, 10 de julho de 2012

Dívida de valor pequeno não pode provocar falência de sociedade comercial


A Lei 11.101 trouxe significativa alteração, indicando valor mínimo equivalente a 40 salários mínimos como pressuposto do requerimento de falência.

O princípio da preservação da empresa impede que valores inexpressivos de dívida provoquem a quebra da sociedade comercial. A decretação de falência, ainda que o pedido tenha sido formulado na vigência do Decreto-Lei 7.661/45, deve observar o valor mínimo de dívida exigido pela Lei 11.101/05, que é de 40 salários mínimos.

Com esse entendimento, a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou recurso especial interposto por empresa que pretendia ver decretada a falência de outra, devedora de duplicatas no valor de R$ 6.244,20.
O pedido de falência foi feito em 2001, sob a vigência do Decreto-Lei 7.661, cujo artigo 1º estabelecia: “Considera-se falido o comerciante que, sem relevante razão de direito, não paga no vencimento obrigação líquida, constante de título que legitime a ação executiva.”


Mudança
A Lei 11.101 trouxe significativa alteração, indicando valor mínimo equivalente a 40 salários mínimos como pressuposto do requerimento de falência.
O juízo de primeiro grau extinguiu o processo, visto que o valor da dívida era inferior ao previsto na nova legislação falimentar. A decisão foi mantida em segunda instância, entendendo o tribunal que deveria incidir o previsto na Lei 11.101.
No recurso especial interposto no STJ, a empresa alegou que a falência, de acordo com o artigo 1º do Decreto-Lei 7.661, era caracterizada pela impontualidade no pagamento de uma obrigação líquida e não pela ocorrência de circunstâncias indicativas de insolvência.
O ministro Luis Felipe Salomão, relator do recurso especial, analisou a questão sob o enfoque intertemporal e entendeu que a nova lei especificou que, se a falência da sociedade fosse decretada na sua vigência, seriam aplicados os seus dispositivos. “Assim, no procedimento pré-falimentar, aplica-se a lei anterior, incidindo a nova lei de quebras somente na fase falimentar”, disse.

Entretanto, ele explicou que a questão não deveria ser analisada simplesmente sob o prisma do direito intertemporal, mas pela ótica da nova ordem constitucional, que consagra o princípio da preservação da empresa.


Repercussão socioeconômica
“Tendo-se como orientação constitucional a preservação da empresa, refoge à noção de razoabilidade a possibilidade de valores insignificantes provocarem a sua quebra, razão pela qual a preservação da unidade produtiva deve prevalecer em detrimento da satisfação da uma dívida que nem mesmo ostenta valor compatível com a repercussão socioeconômica da decretação da falência”, sustentou Luis Felipe Salomão.


Para ele, a decretação da falência de sociedade comercial em razão de débitos de valores pequenos não atende ao correto princípio de política judiciária e, além disso, traz drásticas consequências sociais, nocivas e desproporcionais ao montante do crédito em discussão, tanto para a empresa, quanto para os empregados.
Por fim, o ministro explicou que o pedido de falência deve ser utilizado somente como última solução, sob pena de se valer do processo falimentar com propósitos coercitivos.

Fonte: STJ

Muda requisito de inscrição para empreendedor individual

Com a nova forma de inscrição ao Empreendedor Individual quem quiser se cadastrar na modalidade precisará repassar informações adicionais, como os números do Título de Eleitor ou do recibo de entrega da Declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física (DIRPF). A decisão é do Comitê Gestor do Simples Nacional e está em vigor deste às 18 horas desta segunda-feira, 9 de julho.

De acordo com nota técnica do Comitê, o sistema do Portal do Empreendedor, onde acontece a formalização, somente pedirá o número do recibo caso o futuro empreendedor tenha entregue alguma declaração de IRPF nos dois últimos anos. “Ao inserir o CPF, automaticamente o sistema identificará se há declarações de imposto de renda que precisam ser citadas; caso não tenha, apenas os campos do título de leitor e data de nascimento se abrirão na tela”, explica o técnico do Sebrae no MS, Julio César Silva.

Além das novas documentações, permanecem as solicitações de número de CPF, data de nascimento, CEP da residência e do local de funcionamento do negócio. Júlio César destaca que as alterações são somente para novos cadastros e não afetam quem já está formalizado.

O Empreendedor Individual

Cabeleireiros, mestres de obras, fotógrafos, costureiras, azulejistas estão entre as mais de 400 atividades que podem se formalizar pela Lei do Microempreendedor Individual. São pessoas que já exercem o trabalho por conta própria e decidem se formalizar como empresa para obter personalidade jurídica.

Formalizados e com CNPJ em mãos, passam a contar com benefícios como acesso a crédito e possibilidades de fornecimento e prestação de serviços a órgãos públicos e grandes empresas. Além disso, passam a contribuir com o INSS, tendo acesso à aposentadoria, auxilio acidente, salário maternidade, entre outras vantagens.




A contribuição paga pela categoria varia entre R$ 33 e R$ 37 mensais, dependendo do setor de atuação, se comércio, serviço, indústria ou atividade mista. Este valor equivale a R$ 5 de ISS, R$ 1 de ICMS e o INSS a 5% do salário mínimo (R$ 31,10).

A lista completa das atividades que integram a Lei do Microempreendedor Individual está disponível no Portal do Empreendedor.

Mais informações no Sebrae:  0800-570-0800 .

* MS Notícias