Apesar da evolução nítida do sexo feminino no mercado de trabalho, a diferença salarial entre homens e mulheres ainda é alarmante. Em 2008, homens com ensino superior ganhavam R$ 922,35 a mais do que elas – cerca de 35%. O estudo conclui que essa grande variação não tem uma explicação plausível, o que se caracterizaria como discriminação salarial por gênero. A boa notícia é que, pelo que os números indicam, essa distância tende a ser cada vez mais curta, já que a diferença em 1998 era de R$ 1.844,80 – ou 132,5%. MAIOR TEMPO DE ESTUDO JUSTIFICA AUMENTO SALARIAL A expansão da escolaridade é um dos principais fatores que justificam o aumento salarial conquistado pelas mulheres catarinenses nos últimos anos. Enquanto o tempo médio de estudo dos homens passou de 6,13 anos, em 1998, para 8,53 em 2008 (alta de 39,1%), elas tiveram um crescimento ainda maior: 47,7%, passando de 6,22 para 9,19 no mesmo período analisado. O estudo revela ainda que os catarinenses, independentemente do sexo, são mais escolarizados em comparação a paranaenses e gaúchos (veja quadro ao lado).
ELAS QUEREM REALIZAÇÃO PROFISSIONAL Duas constatações vêm à tona ao se analisar os dados da PNAD que mostram o aumento significativo das mulheres no mercado de trabalho. Primeiro: elas passaram a ter maior força pela necessidade de contribuir para o sustento da família. Em segundo lugar, também houve um aumento do desejo de realização profissional. Estudos da Fundação Carlos Chagas, de 2009, revelam que, em 1976, apenas 28,8% das mulheres trabalhavam. Em 2007, esse índice saltou para 52,4%. Para os homens, essas taxas se mantiveram em patamares semelhantes no mesmo período – entre 73% e 76%. Hoje as mulheres representam 43,6% da população economicamente ativa. DOBRA O NÚMERO DE MULHERES CHEFES DE FAMÍLIA O levantamento revela que, em dez anos, dobrou o número de mulheres chefes de família. Em 1998, apenas 11,21% delas eram as principais responsáveis pelo sustento da casa, índice que saltou para 22,99% em 2008. No mesmo período, a evolução dos homens neste aspecto foi bem mais tímida: passou de 58,89% para 62,89%. Um aspecto importante a ser considerado é que, estando ou não no mercado de trabalho, a grande maioria das mulheres realiza atividades domésticas, e mesmo que essas tarefas sejam indispensáveis para o bem-estar de todos os indivíduos, são desconsideradas nas estatísticas. Matéria publicada em 16/05/2012 - http://www.noticenter.com.br/noticia/?COD_NOTICIA=17151&COD_CADERNO=0 |
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Mulheres catarinenses estudam mais e têm maior aumento salarial em percentual do que os homens, revela estudo
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