A história de Edivan
Costa, contada no Day1 e destrinchada pelo Portal Endeavor, guarda
ensinamentos inestimáveis.
Fazer rir e chorar é com ele mesmo. Edivan Costa, dono da SEDI, empresa
líder no ramo de regularizações, tem uma trajetória de superação
inspiradora. Ex-jogador de futebol do Palmeiras, motoboy e, enfim,
empreendedor. Mesmo com todos os obstáculos que a vida colocou em seu
caminho nesta odisseia, ele nunca desistiu de sonhar grande. Em
entrevista exclusiva ao Portal Endeavor, logo após sua apresentação no Day1 (confira o vídeo na íntegra acima), contou o que aprendeu de mais valioso, sem perder o bom humor de sempre.
‘Pensar em desistir faz parte do sonho’
Durante o Day1, Edivan Costa frisou inúmeras vezes que frequentou a
escola da vida, “sua grande amiga”. Entretanto, o mineiro nunca escondeu
que em diversos momentos já pensou seriamente em desistir de
empreender. Nessas horas, fez questão de se lembrar do propósito de tudo
que já havia feito, o que ainda iria fazer e, principalmente, para quem
iria fazer: sua família.
“Ter vontade de desistir acontece. Não tem como. Depende do seu
momento, sua estrutura física até – seu corpo não aguenta muitas vezes”,
confessa. “Mas não adianta, fazer acontecer depende de como você age
todo santo dia. Pensar em desistir faz parte do sonho. A vida me ensinou
muito”.
“Houve momentos nos quais eu pensei mesmo em parar. Mas sonhos foram
feitos pra serem realizados! Você tem que ter brilho nos olhos para
isso, e se lembrar do seu sonho sempre quando esses momentos ruins
batem. Quando as pessoas vêm trabalhar contigo, elas estão sonhando o
seu sonho. Você se renova olhando para elas”, continua.
Para manter os pés no chão, Edivan contou que, às vezes, coloca-se no
lugar de seus funcionários. Vai até onde ele mora, pega ônibus, metrô,
anda a pé, pega lotação. “Não é algo só meu. Eu sempre falo: desistir
faz parte do jogo, não ter sonho não faz parte”, completa.
Família x empresa: como conciliar?
Um dos principais episódios de sua vida foi
quando teve problemas para lidar com seus dois irmãos dentro da SEDI. No
começo, tudo ótimo: bons resultados, crescimento e uma ótima
relação fraternal. Porém, com o passar do tempo, os impasses começaram a
surgir. Ele dava passos à frente, mas seus irmãos não o acompanhavam.
Teve que optar por uma dura decisão: afastar ambos da empresa.
“Foi um processo muito doloroso e muito
difícil”, explica. “Para quem está passando por essa situação, eu
aconselho uma análise prévia: a pessoa tem condições técnicas e
comportamentais para atuar naquela função? Se não tiver, meu amigo,
passe por cima das relações, divida bem as coisas e deixe-a ser feliz em
outro lugar”.
“Quando você tem alguém da sua família dentro do
negócio, ele tem que ser melhor do que todo mundo, tem que ter
qualidade como qualquer um. Além de tudo, precisa conquistar a confiança
do time. Não é só você dar um passaporte para ele. Tudo se conquista,
isso não é diferente”, acrescenta.
Crescimento desordenado
Edivan sabe que para acertar é preciso errar
primeiro. Sempre humilde, explica que passou por momentos complicados na
SEDI, quando a empresa começou a dar saltos de crescimento sem controle
e gestão adequados. Porém, nunca é tarde pra fazer as coisas da forma
correta e, quando as engrenagens começam a funcionar, sonhar não pode
ficar de fora do horizonte de ninguém.
“A SEDI cresceu desordenadamente, sem as
informações necessárias, planejamento estratégico ou indicadores. Lidar
com isso é o seguinte: pra mim, ela ainda é muito pequena. Eu ainda não
fiz nada. Se eu falei [no Day1] que saímos do -1, hoje estamos no zero.
Tem muita coisa para ser feita. O sonho só começou”.
Por Vinícius Victorino, da equipe de Cultura Empreendedora - Endeavor Brasil
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