quinta-feira, 28 de junho de 2012

Legislação Trabalhista e o Empresário


Recentemente meu colega de trabalho José Roberto e eu participamos de uma reunião que discutia possíveis mudanças nas leis trabalhistas focadas em micro e pequenas empresas, uma vez que as atuais leis são feitas para as grandes empresas, uma realidade muito distinta da vivida diariamente pelas micro e pequenas e seus empresários (que são grandes homens e mulheres), que na sua grande maioria “batem o escanteio e correm pra cabecear a bola”.

  
E hoje em contato com um dos nossos clientes encontramos mais exemplo que demonstra a necessidade de uma legislação especifica. O empresário, proprietário de uma estamparia, teve seu pedido de aposentadoria negado pelo INSS pois o referido instituto alega que, apesar de constar o contrário em seu laudo PPP,  sua profissão de sócio administrador não está passível de insalubridade.

O laudo mostra de forma clara e certificada por um médico do trabalho que esse empresário tem contato constante com os produtos químicos, tais quais como tintas, solventes entre outros, mas o INSS não dá crédito ao médico e nem tão pouco ao empresário, pois o mesmo exerce a função de sócio administrador, portanto não tem contato com produtos químicos.

É claro que em grandes empresas o mais lógico é que o sócio administrador fique trancado em uma sala, tomando decisões e controlando os números da empresa, mas como já falei, em uma pequena ou micro empresa o sócio administrador alem de ter que tomar as decisões tem também que trabalhar na produção, correr atrás de clientes, fornecedores, funcionários, parceiros, bancos, analisar os dados, e tudo isso dentro das 18 horas de trabalho diário, ou seja “ele bate o escanteio e corre pra cabecear”.


É inaceitável que em um país com dimensões continentais como o Brasil que não exista legislação especifica para as micro e pequenas empresas que representam uma fatia gigantesca do mercado e da geração de empregos.

Precisamos que os empresários, donos das micro e pequenas empresas, se reúnam em entidades de classe, sejam AMPE, CDL, ACIDI, Sindicato de Classe ou outra associação representativa para pressionar nossos nobres deputados e senadores, assim como o executivo federal para que seja criada uma legislação que se adéqüe a essa realidade, que de nova não tem nada.

Por: Elton Ricardo Pereira

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